Saíram os custos de produção de algodão para a safra 2005/2006
Saíram os custos de produção de algodão para a safra 2005/2006
A Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, localizada em Dourados/MS, publicou as estimativas do custo de produção de algodão para a safra 2005/2006 para os Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Os custos foram elaborados tendo como base os sistemas de produção de praticados pelos agricultores. Em Itaquiraí e Nioaque é predominante a produção de algodão por agricultores familiares dos assentamentos da reforma agrária, onde há uso sazonal de mão-de-obra contratada na colheita e operações mecânicas terceirizadas. No Sistema Convencional, a estimativa total em Itaquiraí é de R$ 1.823,55 e em Nioaque, R$1.848,66.
Nos outros municípios de Mato Grosso do Sul, o algodão é cultivado por médios e grandes produtores. Os sistemas são caracterizados pelo intenso uso de insumos e por cultivares que apresentam alto potencial produtivo e de rendimento de fibra. Com exceção dos produtores de Naviraí, que vendem o algodão em caroço, os demais o beneficiam em algodoeiras locais e comercializam a pluma.
Para Naviraí, o custo total no Sistema Convencional é de R$ 2.725,94 e no Plantio Direto (SPD), R$ 2.576,10. A diferença está no investimento com operações agrícolas. No primeiro, se gasta R$ 654,59 nessas operações e no SPD, R$ 528, 12. Em Maracaju, o SPD é o sistema adotado, e o custo ficou em R$ 3.729,03. Ao adotar SPD, o produtor além de reduzir seu custo final, realiza uma atividade conservacionista, diminuindo o risco de erosão. Em Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste são utilizadas cultivares resistentes e suscetíveis ao vírus do mosaico da
nervura forma Ribeirão Preto, para esses municípios as estimativas amparam as duas condições. A variedade resistente gera um custo de R$ 4.330,07 em Chapadão do Sul e 3.989,63 em São Gabriel. Já com a cultivar suscetível, o produtor gastará 4.484,62 em Chapadão e 4.231,40, em São Gabriel do Oeste. Os valores finais são resultados da soma dos custos fixos (remuneração da terra) e variáveis (insumos, operações agrícolas e outros). Segundo Alceu Richetti, pesquisador de Socioeconomia da Embrapa, houve reduções no custo final e ao adotar as
recomendações da pesquisa, o produtor tem um uso mais adequado de insumos e conseqüentemente, menores custo de produção e problemas ambientais. Entre as recomendações está o manejo correto de alguns herbicidas pósemergentes, podendo proporcionar uma economia de até 40% no controle de plantas daninhas. Há também a utilização de inseticidas seletivos no início do ciclo onde ocorrerá o estabelecimento de inimigos naturais da lagarta-da-maça, ressalta Richetti.
Para o controle de doenças, o pesquisador lembra que a primeira aplicação de fungicidas deve ser feita no aparecimento dos sintomas. Nas demais, se necessário, utilizar produtos que tenham modo de ação diferente para evitar problemas de resistência.
A Unidade da Embrapa em Dourados coloca à disposição também os custos de produção para algodão no Estado de Mato Grosso.
Para mais informações consulte a pasta de Artigos com as estimativas de custos completas para Algodão e Soja.
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