O agronegórío é culpado ou inocente?
Meio ambiente e aquecimento:
O agronegórío é culpado ou inocente?
Richard Jakubaszko
Depois que os cientistas anunciaram o início do fim do mundo em fevereiro último, com a divulgação do relatório do IPCC, sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, ampliaram-se os conflitos de opiniões entre setores econômicos e ambientalistas quanto ao modo de continuar atividades produtivas e o desenvolvimento e ao mesmo tempo manter a qualidade de vida dos cidadãos, considerando-se a sustentabilidade. O agro-negócio já sofria acusações de ambientalistas, afora restrições diversas até mesmo da parte de consumidores, em particular da Europa. DBO Agrotecnologia participa desse debate e põe em foco algumas das principais acusações dirigidas ao agronegócio. Registramos, de maneira segmentada, as duas principais criticas dos ambientalistas ao agronegócio como emissor dos gases de efeito estufa (GEE) - as queimadas e uso de fertilizantes nitrogenados - e as defesas dos especialistas do agronegócio, mas analisamos algumas críticas específicas, de caráter ambiental e localizado, temas que estão sempre presentes na mídia.
Mais do que polémico o assunto tomou conta da mídia e das conversas triviais das pessoas. A única certeza existente, enfatizada no relatório do IPCC, é de que pisamos em terrenos desconhecidos e perigosos. Numa linguagem popular poder-se-ia dizer que "estamos indo pró vinagre", tamanha a importância e gravidade do problema. A opinião vigente entre alguns dos entrevistados, depois do relatório do IPCC, é a de que todos os atores, inclusive imprensa e governos, indicam ter perdido a percepção daquilo que é efetivamente importante. As acusações aumentam e os produtores rurais são colocados no banco dos réus, e junto com eles a produção de alimentos, atividade básica que perde importância diante do profetizado aquecimento do planeta e das terríveis consequências previstas pelos simpatizantes do apocalipse. Entre alguns entrevistados, notadamente os defensores do agronegócio, há uma suspeita de que haveria, por trás das acusações, um maquiavélico e sinistro plano ideológico. Ou enormes interesses econômicos em jogo, e de que dentro em breve anunciariam soluções tecnológicas a preços exorbitantes.
QUEIMADAS
Independentemente do desconhecimento e da virtual desconfiança sobre o que é que efetivamente acontecerá com a humanidade, DBO Agrotecnologia ouviu de vários entrevistados que a maior acusação dirigida ao agronegócio está nas queimadas, atividades emissoras de gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), todos maléficos gases de efeito estufa (GEE). O metano é 23 vezes mais potente em reter calor do que o gás carbônico, e o óxido nitroso chega a ser 250 vezes mais potente como GEE.
Veja todo este excelente artigo no arquivo abaixo, publicado na DBO Agrotecnologia de Junho/2007.
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