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Equipamento adequado reduz risco de deriva e previne contaminações

Pulverização correta evita prejuízos
Equipamento adequado reduz risco de deriva e previne contaminações

Fernanda Yoneya

Em época de safra, em que o ideal é aliar economia de insumos e alta produtividade, é importante que o produtor fique atento na hora de aplicar defensivos químicos na lavoura.

Como o controle de pragas, doenças e plantas daninhas tem um peso significativo no bolso dos produtores - para a cultura da soja, por exemplo, a compra de defensivos representa quase 30% dos custos totais de produção - é fundamental a adoção de um método de aplicação eficiente, independentemente do produto utilizado e da cultura a ser tratada.

"Se a aplicação não for feita de maneira eficiente e com cautela, não é só o custo do tratamento que será perdido, mas também haverá menor produtividade pela falta de controle de pragas e doenças", explica o professor Ulisses Rocha Antuniassi, da Faculdade de Ciências Agronômicas, da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), de Botucatu (SP).

Outra preocupação, diz ele, está relacionada aos riscos ambientais que uma aplicação inadequada pode trazer. "Um exemplo é o risco de deriva - a dispersão, pelo ar, das gotículas do produto que não atingem a lavoura - que pode tornar o controle sanitário ineficiente e, ainda, contaminar, involuntariamente, áreas vizinhas", diz o professor.

CRITÉRIOS

Antuniassi conta que o erro mais comum cometido pelos produtores na hora de aplicar defensivos agrícolas quase sempre está relacionado a uma falta de gerenciamento de aplicação. Ou seja, há casos de operadores sem treinamento adequado; falta de planejamento e acompanhamento do processo; erros de calibração do pulverizador e escolha incorreta da técnica. Outro erro comum, acrescenta, é não acertar o momento correto da aplicação, deixando para iniciar o controle quando a época mais apropriada já passou.

No caso da ferrugem da soja, por exemplo, o produtor deve ficar atento à fase de florescimento da planta na lavoura, porque, em janeiro, como chove mais, o fungo causador da doença encontra condições ideais para se multiplicar. Por isso, o monitoramento constante é indispensável para que a aplicação de defensivos seja realizada no momento correto. Disso dependerá o sucesso do tratamento.

"Além de escolher os equipamentos dentro de critérios técnicos adequados, é preciso ajustar o sistema ao desempenho desejado. Ou seja, o tamanho do equipamento deve ser ajustado ao tamanho da área, para que o produtor tenha a certeza de que aquela máquina cumprirá a tarefa no tempo previsto", afirma Antuniassi.

Segundo Antuniassi, para garantir a eficiência desejada na aplicação é necessário ajustar o tamanho das gotas ao volume da calda, considerando as restrições climáticas da operação a campo. "Para fazer isso da melhor forma deve-se usar volumes baixos e gotas mais finas em condições climáticas mais favoráveis, isto é, em regiões com baixa temperatura, alta umidade e vento controlado", afirma o professor da Unesp.
"Já em caso de condições climáticas não tão favoráveis - temperatura alta, umidade baixa e vento excessivo -, deve-se mudar a aplicação para gotas médias e volume maior de calda."

De acordo com Antuniassi, a aplicação deve ser feita, preferencialmente, nas seguintes condições: a temperaturas abaixo de 30 graus, umidade do ar acima de 50% e ventos entre 3 e 10 quilômetros por hora. "São condições ideais que devem ser consideradas", aconselha. "Normalmente, os melhores horários para fazer a aplicação de defensivos são no início da manhã, no fim da tarde e à noite."

O Estado de São Paulo - Suplemento Agrícola, 03/01/2007

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