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H-Bio substituirá diesel já em 2007

H-Bio substituirá diesel já em 2007

Segundo a Petrobrás, o volume da primeira etapa será de 10% e crescerá gradativamente a cada ano

Kelly Lima - RIO

A Petrobrás vai substituir, a partir de 2007, pelo menos 10% do diesel importado para suprir o mercado nacional com um tipo de óleo vegetal refinado de soja de menor valor. Batizado de H-Bio, o novo diesel será produzido inicialmente apenas nas refinarias da Petrobrás de Minas Gerais e Paraná (Regap e Repar), mas deverá também ser processado em outras três refinarias a partir de 2009. A idéia é utilizar nesta primeira fase do projeto 9,6% do óleo de soja refinado exportado pelo País, porcentual que deve aumentar gradativamente.
Segundo o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, a adoção deste tipo de processo ainda depende de estudos referentes à logística de distribuição e construção, nas refinarias, de novos tanques de armazenamento do óleo. Ele não soube dimensionar o volume de investimento necessário nas unidades para adaptação ao processamento do óleo vegetal, mas disse que será "pequeno" perto do ganho obtido com a substituição do diesel mineral. "Se o processo resultasse num diesel mais caro do que o atual, certamente teríamos arquivado o projeto", comentou.
Segundo ele, a localização inicial da produção em Minas Gerais e Paraná foi estratégica por causa da maior proximidade das refinarias com os centros agrícolas produtores de soja.

BIODIESEL

O diretor fez questão de frisar que o H-Bio não vai concorrer com o biodiesel, que hoje vem sendo desenvolvido no País e terá sua adição obrigatória na proporção de 2% a partir de 2008 e de 8% a partir de 2013. "São dois processos complementares", afirmou.
A principal diferença entre ambos é que, no caso do biodiesel, o óleo, originado dos grãos de plantas como mamona, girassol, soja, ou dendê, é adicionado ao diesel nas distribuidoras, após passar por um processo químico em uma planta de transesterificação. Já no caso do H-Bio, o óleo
vegetal entra no processo de refino do petróleo, juntamente com hidrogênio. O resultado desta mistura é um diesel equivalente ao comum, mas com quantidade reduzida de enxofre e, por isso, menos poluente.
Segundo o diretor da Petro brás, os testes realizados até o momento chegaram a uma mistura limite de 18% de óleo vegetal para outra parte derivada do petróleo, mas isso não impede uma ampliação deste porcentual no futuro. "Por enquanto estamos limitados a uma certa produção por causa da falta de contratos a serem firmados com produtores agrícolas, além de nossas questões logísticas, mas nada impede que num futuro bastante próximo possamos dizer que plantamos diesel, da mesma maneira que plantamos álcool hoje." Costa explicou ainda que o óleo de soja foi escolhido devido à sua elevada produção hoje no País, de cerca de 5,6 milhões de toneladas por ano, ante menos de 200 mil toneladas anuais
de óleos derivados de outros grãos. "Precisamos de escala e neste cultivo há espaço para esta demanda", argumentou. Segundo ele, a Petrobrás vai acompanhar o preço da soja no mercado internacional para remunerar os produtores agrícolas nos contratos a serem firmados.

O ESTADO DE SÃO PAULO - 20/05/2007

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