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Novo diesel vai mudar a face do agronegócio

Novo diesel vai mudar a face do agronegócio

Para Rodrigues, tecnologia é resultado de uma articulação entre indústria de petróleo e agricultura

Lu Aiko Otta Fabíola Salvador - BRASÍLIA

A Petrobrás desenvolveu um novo tipo de diesel, inédito no mundo, que usa óleo de soja e de outros vegetais no processo de refino. O resultado é um combustível mais barato, menos poluente e que vai mudar a face do agronegócio mundial, segundo avaliou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. "É um sinal concreto de mudança na história mundial da energia e dos combustíveis", avaliou. Para ele, a nova tecnologia da Petrobrás significa mais um casamento entre a agricultura e a indústria do petróleo, a exemplo do que foi o Proálcool há 30 anos, e permitirá que as reservas de petróleo durem mais tempo.
O novo diesel, chamado H-Bio, é resultado da adição de até 10% de óleo vegetal - que pode ser de soja, algodão, girassol, mamona, dendê, palma ou qualquer outra semente oleaginosa - durante o processo de refino.
O produto final tem as mesmas características do diesel 100% tirado do petróleo - com a diferença que tem menos enxofre em sua composição. Por isso, é menos poluente e de melhor qualidade. A esse diesel, ainda será possível adicionar o biodiesel.

PRODUÇÃO

O H-Bio será mais barato do que o diesel importado. Hoje, o Brasil importa de 5 bilhões a 6 bilhões de litros de diesel por ano, já que a produção local não é suficiente para suprir toda a demanda. O barril do diesel custa US$ 90, enquanto um barril de óleo de soja sai a US$ 63,00.
Já no primeiro trimestre de 2007, três refinarias da Petrobrás, em Minas, no Rio Grande do Sul e no Paraná, começarão a produzir o H-Bio adicionando óleo de soja. A estimativa é que, com isso, a demanda do grão aumente em 1,2 milhão de toneladas. "Do ponto de vista do mercado, é uma coisa aparentemente sem expressão, é 2% da produção de soja do País", comentou Rodrigues. "Ano que vem será 4%, e em 2020, o que vai ser... O céu é o limite." O entusiasmo do ministro se baseia no fato que, há 30 anos, o Proálcool foi recebido com ceticismo e hoje "o mundo in teiro está atrás do etanol". Ele acredita que o mesmo ocorrerá com o H-Bio.
O ministro acredita que os Estados Unidos, por exemplo, que também produzem soja, podem se interessar pela tecnologia. Da mesma forma, a Europa poderá desejar produzir seu próprio H-Bio, utilizando óleo de colza (uma oleaginosa). "Eu sempre acreditei que o biocombustível seria o novo paradigma da agricultura mundial", disse. "Faltava, para que o discurso se transformasse em realidade, uma articulação real entre a indústria de petróleo e a agricultura." Foi isso o que a Petrobrás encontrou ao desenvolver o H-Bio.

ABASTECIMENTO

Rodrigues acredita que não haverá problemas de abastecimento, caso a demanda por óleo de soja cresça de forma exagerada a partir do H-Bio. "Não tem perigo, somos exportadores de soja", afirmou. "Exportamos mais de metade de nossa produção." É uma situação diferente da do álcool, em que 95% da produção é consumida pelo mercado interno.
Atualmente, o cultivo de soja ocupa 23 milhões de hectares no País. Mas, lembra o ministro, ainda há 90 milhões de hectares de terras agricultáveis, hoje ocupadas com pastagens. Portanto, há espaço para ampliar o cultivo do grão, caso a demanda cresça. Rodrigues lembra que, além disso, não é só o óleo de soja que pode ser utilizado para produzir o HBio.
Rodrigues acredita que o cultivo de óleo de palma na Amazônia, por exemplo, ganhará forte impulso com a nova tecnologia da Petrobrás.

Produção com uso de óleo de soja começará em 2007, em 3 refinarias

O Estado de São Paulo - 20/05/2007 - Economia

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