Home         Notícias         Artigos         Quem Somos          Produtos         Serviços         Fale Conosco  
 Agronegócios (118)
 Algodão (4)
 Ambiente (43)
 Cana de Açucar (15)
 Citros (4)
 Instituições (2)
 Milho (1)
 Pecuária (3)
 Soja (27)

Maggi vê risco de violência no campo

Maggi vê risco de violência no campo

Governador de MT diz que situação no interior pode piorar, "a exemplo do que ocorreu em SP nos últimos dias"

CRISE NO AGRONEGÓCIO - RIBEIRÃO PRETO

O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), advertiu ontem que, se o governo federal não resolver a crise da agricultura, a situação no interior do País poderá se agravar, "a exemplo do que ocorreu em São Paulo nos últimos dias", numa referência aos problemas causados pelos ataques do PCC.
Maggi lembrou que produtores rurais de seu Estado foram presos e fichados ontem pela Polícia Federal em confrontos durante o bloqueio de rodovias. "Espero que o problema seja resolvido no dia 25 para que as coisas não fiquem mais graves.
Precisamos de tranqüilidade para voltar a produzir, caso contrário a situação vai ficar muito crítica", avaliou o governador, em visita ao Agrishow de Ribeirão Preto (SP), principal feira agropecuária do País.
Quinta-feira (25) é o prazo estipulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anunciar um novo pacote agrícola, com possíveis medidas de prorrogação de dívidas e um plano de safra "com mais dinheiro, mais barato e menos juros", conforme o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
"Se no dia 25 vier um tirinho de calibre 22, não sei como vai ser. Mas que a situação vai fugir do controle, vai´, preveniu Maggi.
Com o Estado basicamente produtor de grãos, principalmente de soja, Maggi prevê uma queda na arrecadação de impostos de até 15% neste ano e já avalia que, mesmo com as possíveis medidas, já há uma intenção de queda de 10% no recolhimento de impostos ao final de 2006, o que
representaria um rombo de R$ 800 milhões, de acordo com o governador, além da perda de 100 mil empregos.
Para o governador, mesmo com a pressão das autoridades públicas ligadas ao agronegócio, como ele próprio, o ministro Rodrigues e o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), "quem manda no gover no é o ministro da Fazenda e do Planejamento".
Ele ironizou o corte no orçamento feito por Lula nesta semana, justamente após a promessa de ajuda aos agricultores. "Espero que o dinheiro não saia do orçamento", afirmou.

BIODIESEL
O governador disse que Lula lhe telefonou ontem à noite para comunicar que estava encaminhando o projeto de uma nova mistura de óleo de soja ao diesel.
Segundo ele, a ligação foi feita às 19h30, depois da reunião em que foram discutidas alternativas ao uso do gás, dentre elas o uso do óleo vegetal na produção de diesel.
Segundo Maggi, o uso da soja para a produção de combustíveis é uma solução muito interessante para aumentar o consumo do grão na região. "Nós temos o óleo diesel mais caro do País. Estamos no centro geodésico da América do Sul. Por exemplo; de um lado, se quisermos trazer petróleo que vem do mar, nós estamos longe; de outro, se quisermos levar o óleo para exportar, também estamos longe", afirmou.
Segundo ele, o Estado tem o óleo de soja mais barato do Brasil e o combustível mais caro. "Por isso, se tem lugar que vai dar certo o biodiesel é no Centro-Oeste e, principalmente, em Mato Grosso." De acordo com Maggi, o governo mato-grossense já está trabalhando para promover a produção.
"Já temos no Estado pequenas fábricas começando a funcionar que têm incentivos tanto do governo local como federal, desde que usem produtos oriundos de agricultura familiar", explicou.

GUSTAVO PORTO, FABÍOLA GOMES, FABÍOLA SALVADOR

O Estado de São Paulo - 20/05/2007 - Economia

Arquivos
 Maggi_ve_risco.pdf
  Tec Fertil Comércio, Representações e Serviços Ltda. Todos os direitos reservados.
Av. Benedito Storani, 95 - sala 9   -  Vinhedo  -  SP  -  CEP 13280-000  -  Fone/Fax: 55 (19) 3836-2261