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Para ONGs, hidrovia no Madeira ainda é objetivo de projeto hidrelétrico


Para ONGs, hidrovia no Madeira ainda é objetivo de projeto hidrelétrico

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil

Manaus - A construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, continua sendo apontada como preocupação por organizações não-governamentais de Rondônia, integrantes da Rede Grupo de Trabalho Amazônico (Rede GTA). As entidades dizem que o principal objetivo do projeto é a criação de uma hidrovia no Rio Madeira.
A opinião das ONGs não muda mesmo depois que, hoje (20), em entrevista à Radiobrás , o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartou para o momento a construção de eclusas no projeto do complexo hidrelétrico. As eclusas são canais feitos para desviar o leito do rio e permitir o tráfego (subida e descida) de embarcações.
"Esse anúncio é uma estratégia para deixar o projeto mais paleatável, mas a hidrovia certamente continua como pano de fundo", avalia o presidente da ONG ambientalista Rio Terra, Alexis Bastos.
O professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) Artur Moret ironiza: "É como uma roupagem nova para vender um peixe antigo. Os impactos ambientais da barragem continuarão a ser enormes. As eclusas são apenas parte do problema."
Quando o governo federal anunciou que construiria as duas hidrelétricas, em junho do ano passado, estava prevista a estruturação de uma hidrovia ao longo do Rio Madeira, com 4,2 mil quilômetros de extensão. Ela representaria uma via alternativa para exportação da produção agrícola do Centro-Oeste pelo Oceano Pacífico, atravessando a Bolívia e o Peru.
Entre os principais impactos socioambientais do empreendimento citados pelas ONGs está o reassentamento de 2 mil ribeirinhos, que teriam suas casas alagadas, enfrentariam dificuldades em conseguir indenização (porque não possuem documento da terra) e perderiam a fonte de renda (pesca).
As entidades também acreditam em inchamento populacional de Porto Velho e assoreamento do rio Madeira nos trechos anteriores às barragens, além de alterações ambientais nocivas aos animais e plantas protegidos pelas estações ecológicas de Moji Canava e Serra Dois Irmãos (localizadas na área de influência das usinas).
A capacidade de geração das novas hidrelétricas será de 6,45 mil megawwatts, mais da metade da energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu (a maior do Brasil, com potencial de gerar 11,20 mil megawatts) e 20 vezes o atual consumo total de energia em Rondônia.
A construção das hidrelétricas deve demorar de oito a dez anos. As obras só devem ser iniciadas após a obtenção da licença ambiental prévia, seguida da concorrência pública entre construtoras, por meio dos chamados leilões de energia.

20/02/2006

Agência Brasil

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