Quebra-se o tabu do câmbio imutável
Quebra-se o tabu do câmbio imutável
Alberto Tamer - O Estado de São Paulo, 12/02/2006
A proposta de reforma do anacrônico sistema cambial provocou forte reação em quase todos os setores da economia brasileira. Críticas, elogios, reservas com sugestões... O importante é que o debate se mantenha em alto nível técnico e não venha a ser tema de campanha eleitoral, que não se fale em "dolarização" para ganhar votos. Estamos tratando de uma questão vital para a economia e para o País, sua integração no comércio mundial, onde somos parceiros marginais. Quem quiser trocar voto por poder estará enganando o seu eleitor e desservindo os 180 milhões de brasileiros desiludidos (e quem não o está?) que querem emprego, salários dignos, crescimento.
Em meio a tantos desatinos, a coluna vê como altamente positivo o fato de que, finalmente, foi aberta a discussão sobre legislação cambial. A Constituição de 1988, em seu artigo 192, deixara a matéria para posterior regulamentação e, curiosamente, essa parcela do artigo 192 (que trata ainda de sistema financeiro e juros de 12% ao ano - lembram-se dessa idiotice?) vem a debate por força de uma iniciativa do setor privado, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No fundo, a proposta reflete os anseios técnicos do setor privado brasileiro.
Com essa iniciativa, a Fiesp alcança dois objetivos:
1 - Abre o espaço político para renovar a legislação cambial, o que deve melhorar a vida dos exportadores, importadores, demais tomadores de recursos externos da economia em geral;
2 - Consolida sua posição de linha auxiliar no processo propositivo com vistas à construção de um País mais moderno e competitivo.
Veja a notícia completa no arquivo abaixo.
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