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Vale estuda compra de fábrica da Anglo

Empresa diz que meta é ser uma das quatro maiores em fertilizantes

O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou ontem, em Londres, que a companhia estuda a compra das unidades de fertilizantes que a mineradora britânica Anglo American colocou à venda no Brasil. "Como sempre, vamos olhar e estudar os ativos da Anglo American (que estão à venda)", afirmou Agnelli, pouco antes de participar da inauguração do escritório do BNDES na Inglaterra. No domingo, o jornal britânico The Independent noticiou que a Vale estaria interessada em pelo menos uma das unidades colocadas à venda pela Anglo: a Copebras, que produz 982 mil toneladas de fosfato por ano e está avaliada em mais de US$ 1 bilhão.

Segundo Agnelli, o objetivo da companhia é, em quatro anos, estar entre as maiores do setor de fertilizantes. A intenção da Vale coincide com as demandas do governo, que continua preocupado com a dependência do Brasil em relação ao insumo. Hoje cerca de 65% dos fertilizantes consumidos no País são importados. E, no último ano, a enorme alta de preços dos alimentos foi creditada, entre outros fatores, justamente à escalada do preços dos defensivos agrícolas.

Em meados deste ano, a Vale chegou a estudar uma oferta pela gigante Mosaic, fabricante de fertilizantes controlada pela Cargill e pela IMC Global. A empresa, porém, nem chegou a oficializar o interesse. Em meio às críticas do governo, a empresa desistiu da disputa pela empresa, negócio estimado em US$ 25 bilhões.

SIDERURGIA

Questionado sobre os recentes problemas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que fez críticas à gestão de investimentos da mineradora -, Agnelli respondeu que seu relacionamento com o presidente Lula "sempre foi bom, aberto e sincero".

"A Vale sempre esteve alinhada com os interesses do governo e possui grandes investimentos", afirmou, citando setores como o portuário, cabotagem e carvão. Agnelli afirmou ainda que o presidente Lula "está em seu papel" ao pedir mais investimentos. Segundo ele, a preocupação do presidente é porque a demanda por aço no Brasil crescerá muito em razão do desenvolvimento econômico.

Agnelli também almoçou com o presidente da Arcelor Mittal, o indiano Lakshmi Mittal. A despeito das informações sobre o elevado endividamento de seu grupo, o indiano manifestou o interesse de estabelecer uma parceria com a Vale em projetos de siderurgia da empresa no Brasil. Por enquanto, a CSA é o único para o qual a Vale encontrou parceiro, a alemã ThyssenKrupp, mas a mineradora ainda busca com quem partilhar outros três projetos: no Ceará, no Pará e no Espírito Santo. Após o encontro com Agnelli, Mittal esteve com Lula e teria reiterado o interesse em investir em uma nova siderúrgica no Brasil em conjunto com a Vale.

Daniela Milanese e Débora Thomé, LONDRES E RIO
O ESTADO DE SÃO PAULO - Quinta-Feira, 05 de Novembro de 2009

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