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Setor de insumos reduz preço para garantir recuperação

SÃO PAULO - Com a luz vermelha acesa, o setor de fertilizantes está promovendo uma verdadeira liquidação dos produtos, cujo volume financeiro do estoque de passagem foi estimado em cerca de US$ 500 milhões - o suficiente para quatro meses. Em janeiro os preços desse insumo já caíram 15% e fevereiro seguiu a tendência com quedas ainda mais acentuadas. No Mato Grosso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) estima que a desvalorização já tenha ultrapassado 45% em relação ao pico da elevação dos preços na safra passada. "O preço dos fertilizantes não está caindo, está sim voltando aos patamares históricos" avalia Rui Otoni Prado, presidente da Famato.

Com a queda nos preços os produtores voltaram às compras neste início do ano. De acordo com a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), as vendas de fertilizantes no Brasil ficaram praticamente estáveis em fevereiro na comparação com janeiro, quando registrou alta de 37%. "No mês passado, as entregas somaram 1,3 milhão de toneladas, de acordo com informações da carteira de pedidos da Anda", afirmou Eduardo Daher, diretor executivo da entidade. Em janeiro, o volume comercializado somou 1,34 milhão de toneladas. O desempenho desse início de ano reflete as melhores condições de troca para o produtor, queda nos preços dos fertilizantes e mudanças climáticas. "Vemos uma indicação de demanda boa em fevereiro por conta desses três fatores", disse Daher que acredita no retorno do investimento das tradings.

A aquisição de fertilizantes é um importante indicador sobre a situação do agronegócio. O setor não é o único que aposta na recuperação dos grãos. Cesário Ramalho, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), estima uma desaceleração de 50% para 20% na desistência do produtor em plantar a safrinha de milho no Centro-Sul. Boa parte das compras recentes foi feita para o plantio da safrinha no Paraná e Mato Grosso.

Para o mercado de máquinas a previsão é a de que o mês de março seja o momento da virada para o setor. "Em fevereiro os números devem ser negativos, mas acredito que essa tendência dure só até o final de março", disse Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A retomada dos aportes surge no momento em que o Banco do Brasil anuncia que tem mais R$ 5,651 bilhões para financiar a agricultura no mês de março. Até fevereiro, o BB liberou R$ 3,959 bilhões.

SLC Agrícola

A SLC, uma das maiores produtoras de grãos no Brasil, é uma das empresas que estão aproveitando o bom momento para aquisição de insumos. "Já adquirimos um terço da nossa necessidade de fertilizante por um preço, em reais, 36% menor do que pagamos em 2008", disse Arlindo de Azevedo Moura, diretor presidente da SLC. Mesmo reduzindo o volume de recursos a SLC continuará ampliando seus investimentos no País. Nessa safra o aporte está estimado em R$ 140 milhões para ampliar a compra e arrendamento de terras que serão destinadas ao plantio de soja, milho e algodão. No ano passado, a companhia havia investido R$ 368 milhões. Os investimentos no primeiro semestre deverão se concentrar em compras e arrendamentos de novas áreas nos estados do Mato Grosso e Bahia.

Segundo Laurence Gomes, diretor financeiro e de Relações com Investidores da SLC, com a crise o que haverá é um rearranjo em relação ao mix de culturas, inicialmente previsto com aumento de área de 42,7% para soja, 25,8% para o milho e 15,3% para o algodão. "Estamos iniciando a análise para o próximo plantio, em setembro, e vamos ampliar a produção de soja e diminuir a de algodão", disse Gomes. A postergação de embarques de grãos, à pedido dos compradores, principalmente de algodão, impactou o faturamento da empresa no quarto trimestre. "Normalmente, 25% dos embarques ficam para o ano seguinte, esse ano ficou 40% para esse período", disse Gomes.

A SLC teve um lucro líquido no quarto trimestre de 2008 de R$ 2,684 milhões, queda de 88,62% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano registrou crescimento de 53,9% na receita líquida.

Priscila Machado

DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS- 06/03/09 - AGRONEGÓCIOS

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