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Moinho e produtor definem nova safra

SÃO PAULO - Em dia de definições para a cadeia do trigo, indústria e produtores vão a Brasília para definir a safra 2009/2010 no País. Os produtores querem um reforço de R$ 2,5 bilhões para manter a produção nos níveis atuais - próximo de 6 milhões de toneladas. Os moinhos, por sua vez, pedem a postergação da isenção de PIS e Cofins, hoje válida até junho de 2009, por mais um ano.

Para discutir o futuro do setor, agricultores e empresários fizeram duas reuniões ao longo do dia de ontem. Na primeira, Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sinalizou positivamente ao pleito dos moinhos, encaminhado pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, atualmente presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).

Segundo o ministro, o Ministério da Fazenda já está trabalhando para que a isenção da cobrança de PIS/Cofins seja estendida ou até mesmo retirada permanentemente. Miguel Jorge também afirmou que há a possibilidade de uma nova isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) e do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante para as aquisições de trigo feitas fora do Mercosul. Ambas as propostas deverão ser definidas na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em março.

Os produtores também estiveram na Esplanada para participar da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, órgão consultivo do Ministério da Agricultura, que analisará a conjuntura nacional e internacional do trigo e a estratégia do setor para a safra deste ano e de 2010.

Segundo Flávio Turra, gerente da área técnica e econômica do Sistema Ocepar, que participou das duas reuniões, o ponto mais polêmico continua sendo em relação à TEC. "Os produtores estão batendo firme para que a taxa seja mantida enquanto a indústria está com uma posição TEC zero", disse. Mesmo entre os proprietários de moinhos a questão não é um consenso. "Hoje é inviável pedir a isenção dessas tarifas porque o produtor brasileiro tem quase 2,8 milhões de toneladas para serem escoadas da última safra", afirmou Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico.

Turra, da Ocepar, afirmou que com o retorno da isenção da TEC os preços atuais devem continuar próximos aos patamares atuais já que a cotação do trigo argentino está muito próxima ao de outras origens. Nesse contexto, o produtor brasileiro precisaria de novos subsídios para manter o volume de produção para a próxima safra. Conhecendo essa realidade, a própria indústria estaria disposta a esperar os triticultores queimarem os estoques. "A indústria sinalizou que até o escoamento da safra nacional estaria propensa a trabalhar com a TEC", disse.

Ontem, os produtores entregaram um documento com propostas de políticas para a triticultura ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Entre as principais reivindicações está a garantia do preço mínimo para o trigo na safra 2009, um reajuste de 25% em relação ao valor atual, que elevaria o preço para R$ 600 por tonelada. Também está sendo solicitado um aumento de recursos para o plantio da ordem de R$ 2,5 bilhões. A quantia seria destinada ao custeio e comercialização e permitiria a semeadura de cerca de 2,5 milhões de hectares em 2009, 300 mil a mais que no último ano.

Os triticultores querem garantir o escoamento da última safra e um preço mínimo para a próxima. A colheita no País é feita menos de 60 dias antes da Argentina, que poderá retomar sua produção nesta temporada. A seca nos últimos meses reduziu a produção do país vizinho de 16 milhões de toneladas para algo próximo de 8 milhões. No Paraná, os produtores devem definir o plantio da safra 2009/2010 até o próximo dia 10 de março.

DIÁRIO COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS - 19/02/09 - AGRONEGÓCIOS
Priscila Machado

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