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Clima já reduz safra brasileira em 7,1 milhões de toneladas

SÃO PAULO - Ao mesmo tempo que os primeiros impactos da crise financeira são contabilizados pelo agronegócio no Brasil, os produtores somam os prejuízos provocados por efeitos climáticos que já reduziram a safra 2008/2009 em 7,1 milhões de toneladas ante a safra anterior.

Números divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam em safra de 137 milhões de toneladas, 4,9% inferior à obtida na safra 2007/08, quando atingiu 144,1 milhões de toneladas. De acordo com Eledon Oliveira, gerente de Levantamento de safra da estatal, essa é a maior redução registrada pela entidade entre uma temporada e a seguinte. "Essa queda é resultado, basicamente, de efeitos climáticos, principalmente estiagem, que abateu os estados do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS)", disse.

Oliveira destaca ainda que o último levantamento foi feito entre os dias 15 e 19 de dezembro, excluindo as chuvas observadas após esse período, portanto, o próximo levantamento é o que deverá apresentar dados consolidados, possivelmente apontando novas reduções.

A mesma observação é feita por Paulo Renato Corrêa, coordenador do setor de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entidade que também realiza levantamento de safra. De acordo com o órgão a produção agrícola nacional deve alcançar 137,3 milhões de toneladas em 2009, mas a pesquisa foi encerrada ainda mais cedo que a da Conab, no dia 15 de dezembro. "A estimativa deverá cair ainda mais já que o levantamento não incluiu o período de fortes chuvas que voltaram a causar estragos em Santa Catarina, região responsável por 4,5% da produção agrícola no País", afirmou.

O Sul foi o mais atingido pelo clima, sofrendo com a estiagem em algumas regiões e excesso de chuva em outras. A queda na produção desta região chega a 4,8%, o que corresponde a 2,9 milhões de toneladas.

As maiores perdas estão no Paraná. Justamente por isso a cultura mais castigada foi o milho, respondendo por uma redução de 5,1 milhões de toneladas, seguido pela soja que apresenta uma retração da ordem de 2,3 milhões de toneladas.

Mesmo com uma expressiva queda na produção, a área plantada no País apresentou um ligeiro crescimento, confirmando que além dos problemas climáticos a redução no uso de tecnologia e a economia nos insumos também afetaram a produtividade. Segundo a Conab, houve um crescimento de 0,2% na área de plantio no País, passando para 47,5 milhões de hectares, o que representa um adicional de 72,2 mil hectares sobre a área da safra anterior. De acordo com o estudo, das cinco principais culturas cultivadas no País (algodão, arroz, feijão 1ª safra, milho 1ª safra e soja), com os plantios concentrados entre os meses de setembro e dezembro, apenas a do feijão apresentou crescimento na área plantada, de 10,0%.

PIB do agronegócio

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou dados do mês de outubro que mostram que o mês de agravamento da crise deixou sua marca no setor agrícola. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro no período registrou queda de 0,88% em relação a setembro. Esse foi o primeiro resultado negativo desde junho de 2006, quando foi verificada uma queda de 0,148%.

Segundo Katia Abreu, presidente da CNA, os efeitos da crise mundial no agronegócio puderam ser dimensionados concretamente. "Houve desaceleração tanto no volume quanto nos preços agrícolas", disse. a CNA projeta um PIB de R$ 685 bilhões até outubro de 2008.

Priscila Machado
DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS
09/01/09 AGRONEGÓCIOS

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