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Clima e crescimento demográfico devem elevar preços de alimentos

DACAR (Reuters) - As mudanças climáticas, o crescimento populacional e o aumento da demanda por biocombustíveis resultarão em preços altos para os alimentos nos próximos anos, tornando os países pobres do mundo ainda mais vulneráveis, afirmou a diretora do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM).

Os preços das commodities agrícolas tiveram um forte aumento tanto nos países desenvolvidos quanto nos países emergentes nos últimos meses, dificultando o acesso das regiões mais pobres do mundo, como a África Ocidental, aos suprimentos básicos de comida, como arroz e grãos.

"Com os preços dos alimentos no maior patamar registrado em décadas, muitas pessoas simplesmente estão sendo excluídas do mercado", disse a diretora-executiva da PAM, Josette Sheeran, na noite de quinta-feira, durante uma visita ao Senegal e à Mali.

Do Senegal, na porção mais ocidental da África, até a Etiópia, no leste, o descontentamento com os preços altos dos gêneros alimentícios básicos se tornou o foco de um polêmico debate nacional, até mesmo nas economias estáveis do continente mais pobre do mundo.

Os preços sem precedentes do petróleo elevaram os custos de transporte, e a explosão dos biocombustíveis, subsidiados por alguns países ocidentais, também diminuiu a oferta, contribuindo para o aumento nos preços.

A China, que anteriormente era um dos principais fornecedores mundiais de milho, não exportou o cereal no ano passado, decidindo mantê-lo nos estoques para a fabricação de biocombustíveis, segundo Sheeran, enquanto os produtores africanos de mandioca conseguiam vender a raiz por um preço mais alto quando a comercializavam para fins de geração de energia, em vez de alimentação.

Fatores estruturais

As mudanças climáticas devem contribuir isoladamente para o aumento do número de subnutridos no mundo de 40 milhões para 170 milhões de pessoas, de acordo com previsões do painel intergovernamental de especialistas no assunto.

As mudanças nos padrões de chuvas podem significar que, em apenas uma década, as áreas que dependem de precipitações na África podem produzir com um rendimento agrícola equivalente à metade dos níveis atuais.

Ao mesmo tempo, a população da região está crescendo mais rápido do que em praticamente qualquer outro lugar do mundo. Na Nigéria, por exemplo, na porção sul do deserto do Sahara, cada mulher tem uma média de 7,1 filhos.

Economistas não vêem os preços elevados dos alimentos passando por um movimento breve de alta, mas indicam um ajuste estrutural ocorrido após um período sustentado de preços relativamente baixos.

"Os custos do PAM com alimentos cresceram 50% apenas nos últimos cinco anos", disse Sheeran. "Esperamos um aumento adicional de 35 por cento nos próximos dois anos."

Nick Tattersall

UOL ECONOMIA - 16/11/2007 - 14h09

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