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Novos investidores já representam 27% dos novos projetos

Os investidores sem experiência no setor sucroalcooleiro já representam 27% dos novos projetos de usinas que entrarão em funcionamento no País nos próximos cinco anos. Dos 147 projetos, apenas 107 possuem a participação de usinas e produtores já estabelecidos no setor.
Atraídos pelos altos preços do açúcar e álcool no mercado internacional e pelo interesse mundial por biocombustíveis nomes tão diversos quanto a Odebrecht, Mitsubishi, Emerson Fittipaldi, o apresentador Ratinho, os cantores Chitãozinho e Xororó e a família Diniz já anunciaram investimentos no setor.
Segundo analistas, a sobrevalorização dos ativos do setor com o boom do etanol levou os investidores a partir para negócios greenfield (construção de novas unidades), contrariando a tendência de investidores "estranhos" priorizarem aquisições.
"Os novos grupos interessados na implantação de usinas sucroalcooleiras acreditam ser mais vantajoso investir na construção do novo empreendimento porque é mais barato que adquirir plantas já prontas, além disso existe um movimento de migração para regiões fora do Estado de São Paulo, onde esse mercado já está ficando saturado, e nesses locais existe uma oferta bastante limitada de usinas já instaladas", afirma o analista da Safras e Mercado, Gil Barabach.
Ele acredita que esse movimento de migração na construção de novas usinas está formando uma nova fronteira agrícola da cana-de-açúcar. Com isso, a Região Centro-Oeste ganha cada vez mais destaque a atrai novos investimentos.
De acordo com o consultor da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Onório Kitayama, nos próximos cinco anos irá cair a participação relativa da produção paulista. "São Paulo deve parar de crescer enquanto o Centro-Oeste irá se expandir, principalmente no Mato Grosso do Sul e Goiás", diz Kitayama. Ele revela ainda que Minas Gerais e Paraná também devem anunciar novos projetos.
Para Barabach, enquanto em São Paulo a expansão é cada vez mais difícil, principalmente na região de Ribeirão Preto devido à falta de terras disponíveis, na região central do País existe espaço para crescer. "Após a crise vivida pelos produtores de grãos nos últimos anos, a cana vem aparecendo como uma alternativa para diversificar a produção na região", avalia. Segundo ele, o único fator que dificultaria a implantação dessas usinas é a questão do frete, mais caro que em outras regiões, e para isso a solução seria a instalação de alcooldutos. "A construção dos alcooldutos é essencial para o escoamento do produto, visando a longo prazo a contribuição da região para a expansão do Brasil no mercado internacional", diz.
A participação do Centro-Oeste é pequena no mercado interno, mas analistas acreditam que a região poderá se tornar um novo pólo produtivo para abastecer o mercado externo, investindo em projetos focados exclusivamente na venda de álcool e núcleos de bioenergia.
O analista do Safras acredita que mesmo com o grande número de plantas anunciadas este ano outros projetos irão sair do papel. Para ele, grupos com projetos de longo prazo não gastaram tudo no ano passado quando a grande procura por empreendimentos no setor inflacionou o preço de usinas, equipamentos e mão-de-obra especializada.
"A tendência é que este ano e no ano que vem os grupos que tinham projetos anunciados irão começar a colocá-los em prática animados pela estabilização dos preços que no ano passado foram supervalorizados", afirma Barabach.
Muitos desses investidores terão que esperar até dois anos para montar suas usinas por conta da dificuldade em encontrar mão-de-obra especializada. A saída são parcerias com grupos usineiros tradicionais.

Quarta-feira, 4 de abril de 2007 - Diário Comércio, Indústria e Serviços

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